O imunizante poderá ser incorporado ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) em breve. Mendes explica que as negociações com o Ministério da Saúde para definir a incorporação e o preço do imunizante já estão em andamento. “É o Ministério que vai organizar e planejar a vacinação, considerando que a chikungunya afeta regiões do país de forma desigual”, disse.
Previne contra a dengue?
Apesar de transmitida pelo mesmo vetor da dengue e do zika vírus — o mosquito Aedes aegypti — a chikungunya é causada por um vírus distinto. Por isso, a nova vacina não previne contra os sintomas da dengue ou de outras arboviroses. “São vacinas diferentes porque são vírus diferentes”, destacou Mendes. A Fundação Butantan também conduz estudos para vacinas contra a dengue, que ainda estão em processo de avaliação pela Anvisa.
A expectativa é que, após a definição de critérios de distribuição e preço, o imunizante esteja disponível nos postos de saúde, contribuindo para a redução dos casos e das complicações causadas pela chikungunya — doença que pode provocar febre alta, dor intensa nas articulações e, em casos prolongados, sequelas debilitantes.
Ainda não existe tratamento específico para chikungunya. Além da vacinação, é importante manter o controle de vetores, com ações como esvaziar e limpar frequentemente recipientes com água parada, como vasos de plantas, baldes, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e descartar adequadamente o lixo.